Prefeitura de BH instala lixeiras em rua quase inabitada AVENIDA COUNTRY CLUBE GANHOU 50 LIXEIRAS PARA USO PRATICAMENTE DE NINGUÉM C...
Prefeitura de BH instala lixeiras em rua quase inabitada
Notificação
Insatisfação
AVENIDA COUNTRY CLUBE GANHOU 50 LIXEIRAS PARA USO PRATICAMENTE DE NINGUÉM |
Cinquenta lixeiras instaladas em um trecho de 1,5 quilômetro, uma a pouco mais de 30 metros da outra. A cena até poderia representar a situação de avenidas movimentadas da capital, como Afonso Pena e Amazonas.
Na verdade, a descrição é de uma ciclovia que ocupa parte de uma rua quase inabitada no bairro Pirineus, região Leste de BH. Quem passa pelo local, fatalmente questiona a finalidade de tantas lixeiras, em tão curto espaço, sem a presença de residências e comércio.
Pergunta que nem a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), responsável pela instalação de cestos de lixo na cidade, sabe responder. O órgão alega que o projeto da ciclovia, que inclui as lixeiras, é de responsabilidade da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
Notificação
Por causa da instalação dos equipamentos, a SLU enviou ofício à Sudecap informando que a quantidade, localização e tipo de lixeira adequada devem ser indicados pela equipe da limpeza urbana. A indicação é feita com base em critérios que levam em conta a existência de comércios, pontos de ônibus, fluxo de pessoas, entre outros.
A ciclovia, cuja obra foi aprovada no Orçamento Participativo 2009/2010, custou R$ 481.838 e ainda não foi inaugurada.
A poucos quilômetros dali, no bairro Taquaril, também na região Leste, um exemplo do antagonismo. Na avenida Belém, uma pista de cooper de 600 metros, com intenso movimento de pessoas, não possui nenhuma lixeira. Nem mesmo nos arredores da via, cercada de casas e comércios, os pedestres conseguem um local para descartar o lixo.
"É preciso saber o que ocorre nesses locais, mas me parece que falta equilíbrio entre onde há ou não necessidade de lixeiras na cidade", afirma o vice-presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) em Minas, Sérgio Myssior.
Insatisfação
Desequilíbrio que a população percebe. "Tenho que andar com o lixo na mão atrás de um local para jogar fora. Muitos acabam jogando no chão mesmo", diz o aposentado Adib Jorge, de 68 anos. Morador do Sagrada Família e frequentador da pista de cooper da avenida José Cândido da Silveira, ele reclama da situação no local. "Em todo o meu trajeto, não há uma lixeira".
Em um trecho de 2 quilômetros, entre o Cidade Nova e o União, há apenas três lixeiras. Um contraste diante das 50 instaladas ao longo da ciclovia do Pirineus. "Não há o que questionar com relação à importância das lixeiras para a cidade, mas pode ser necessário rever o foco de atuação", avalia Myssior.
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